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Prostituta: Estranha forma de vida*
Posto o sol da esperança
O medo acaricia-lhe os olhos
Ao espelho as meias pretas
Atenuam-lhe as nódoas roxas dos cifrões
Mulher sem ventre
Corpo a monte sem passaporte
Sabes do cio o inverno precoce
As grutas inundadas por mar alheio
Os adjectivos espancados
E os beijos sem seiva
No teu corpo
Há neblina perfumada de fantasia
O segredo e o ódio
Talvez vagas de esperança
Mas quando o teu corpo dá à costa
Já em terra o peixe é fresco
E o lugar comum de estar só está de volta.
Posto o sol da esperança
O medo acaricia-lhe os olhos
Ao espelho as meias pretas
Atenuam-lhe as nódoas roxas dos cifrões
Mulher sem ventre
Corpo a monte sem passaporte
Sabes do cio o inverno precoce
As grutas inundadas por mar alheio
Os adjectivos espancados
E os beijos sem seiva
No teu corpo
Há neblina perfumada de fantasia
O segredo e o ódio
Talvez vagas de esperança
Mas quando o teu corpo dá à costa
Já em terra o peixe é fresco
E o lugar comum de estar só está de volta.
*Paulo Sempre*
*(pseudónimo de Paulo Jorge Correia, poema retirado daqui, Agosto 2006)
1 comentário:
Todos estes poemas trazem dentro deles as pessoas....
O resto eu não digo do teu «blog», é com ele e com todos os que o visitam famintos de pessoas, de imagens e da poesia que as valha.
Não sou poema, todavia tenho "instantes" em que sei que às vezes as palavras são silêncios que se escondem no peito. Esses silêncios que aparecem em momentos de rara inspiração, silêncios que não precisam de direitos de autor nem de consentimento. Silêncios reais sem preço e sem "juros"...apenas silêncios que fazem de certos instantes esboços de poemas ou "sinfonias" de palavras.
Obrigado pela visita e pelo facto de levares mais longe o meu "instante": "Prostituta: - Estranha forma de vida - ".
Abraço
Paulo Jorge Correia
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