"Landscape"
(Tela de Paulo Nascimento, 2007; daqui)
Quem sou?*
Quem sou
e para onde vou,
o que faço
e onde estou?
Não o sei.
Só sei que fazer nada sei,
e para onde ir eu devo.
Assim o afirmava o poeta,
e também o digo eu,
que não sou um trovador
e muito menos um bardo pateta.
Somente um aturdido
que procura o rumo,
um caminho,
uma passagem
que diga,
que aponte
para onde vou.
Se um pária não o sou,
nem marginal ainda estou;
se errando no espaço,
o meu carácter ausculta;
serei eu um amordaçado,
um desbandeirado,
um naufragado?
Não!
Isto não é verdade!
Sei o que quero,
como ir,
como fazer,
e, principalmente,
sei onde ainda estou!
Então se sei o que quero,
se sei para onde hei-de ir,
eu vou,
então porque estou inquirir
quem eu sou?
O que dúvidas desacertadas
e imateriais me provoca,
se um organismo vivo eu sou.
Umas vezes desabusado,
sempre que me deixa o ensejo;
outras e não poucas, andante,
sem nunca ir ao sabor da inanidade;
mas sempre, sempre
um ser vivo e pensante!
Sou um ser que garatuja
poemários cantantes do seu País
e do Lobito,
a sua maravilhosa cidade;
malambas e mukandas desconexas,
ensaios que ninguém evoca,
escritos sociais ou políticos
que passam e se presumem
por trilhos e caminhos esconsos,
estreitos,
ou sinuosos
que desconhecido algum pisa
ou navega.
Por isso,
e se quem sou eu sei,
porque deixo a incerteza
trovejar o coração
e a mente,
ribombar nos olhos
e no inconsciente,
os dedos tremer
e os lábios ciciar?
Ou será que…
Quem eu sou
e para onde vou,
o que faço
e onde estou,
nitidamente não o saberei.
Só sei que tudo quero fazer
e parece não saber onde estar;
no espelho a chipala,
que dormente antevejo,
pergunta,
queixita,
discute,
para onde ir eu deverei,
de uma forma positiva
e livre,
a vida trautear
quem deveras eu sou!
(Tela de Paulo Nascimento, 2007; daqui)
Quem sou?*
Quem sou
e para onde vou,
o que faço
e onde estou?
Não o sei.
Só sei que fazer nada sei,
e para onde ir eu devo.
Assim o afirmava o poeta,
e também o digo eu,
que não sou um trovador
e muito menos um bardo pateta.
Somente um aturdido
que procura o rumo,
um caminho,
uma passagem
que diga,
que aponte
para onde vou.
Se um pária não o sou,
nem marginal ainda estou;
se errando no espaço,
o meu carácter ausculta;
serei eu um amordaçado,
um desbandeirado,
um naufragado?
Não!
Isto não é verdade!
Sei o que quero,
como ir,
como fazer,
e, principalmente,
sei onde ainda estou!
Então se sei o que quero,
se sei para onde hei-de ir,
eu vou,
então porque estou inquirir
quem eu sou?
O que dúvidas desacertadas
e imateriais me provoca,
se um organismo vivo eu sou.
Umas vezes desabusado,
sempre que me deixa o ensejo;
outras e não poucas, andante,
sem nunca ir ao sabor da inanidade;
mas sempre, sempre
um ser vivo e pensante!
Sou um ser que garatuja
poemários cantantes do seu País
e do Lobito,
a sua maravilhosa cidade;
malambas e mukandas desconexas,
ensaios que ninguém evoca,
escritos sociais ou políticos
que passam e se presumem
por trilhos e caminhos esconsos,
estreitos,
ou sinuosos
que desconhecido algum pisa
ou navega.
Por isso,
e se quem sou eu sei,
porque deixo a incerteza
trovejar o coração
e a mente,
ribombar nos olhos
e no inconsciente,
os dedos tremer
e os lábios ciciar?
Ou será que…
Quem eu sou
e para onde vou,
o que faço
e onde estou,
nitidamente não o saberei.
Só sei que tudo quero fazer
e parece não saber onde estar;
no espelho a chipala,
que dormente antevejo,
pergunta,
queixita,
discute,
para onde ir eu deverei,
de uma forma positiva
e livre,
a vida trautear
quem deveras eu sou!
*Lobitino Almeida N’gola* (feito na Galé em 26/Abr/2008)