“Cela”
(Foto McMuza “daqui”)
Evasão Impossível*
Minhas palavras são grades
DA MINHA CELA
onde vivo encarcerada
sem farda listrada
sem número,
sem grilhetas
desde que vivo este amor
minhas noites são brancas,
encompridadas,
silenciosas, sem tranquilidade
desespero e estremeço as grades
em busca estéril de libertação
Meus gritos já roucos
Feitos ecos
Nos teus tímpanos recheados de seixos,
Volto a escutar
Angustiadamente...
Os teus dedos,
Feitos lima
(Por compaixão?...por amor?....)
desgastaram-se nas grades
insubmissos, silenciando-se
impotentes, vencidos...
O destino cínico, imutável
condenou-me a fazer versos
para ninguém,
multiplicando dia-a-dia
as grades da minha cela.
(Foto McMuza “daqui”)
Evasão Impossível*
Minhas palavras são grades
DA MINHA CELA
onde vivo encarcerada
sem farda listrada
sem número,
sem grilhetas
desde que vivo este amor
minhas noites são brancas,
encompridadas,
silenciosas, sem tranquilidade
desespero e estremeço as grades
em busca estéril de libertação
Meus gritos já roucos
Feitos ecos
Nos teus tímpanos recheados de seixos,
Volto a escutar
Angustiadamente...
Os teus dedos,
Feitos lima
(Por compaixão?...por amor?....)
desgastaram-se nas grades
insubmissos, silenciando-se
impotentes, vencidos...
O destino cínico, imutável
condenou-me a fazer versos
para ninguém,
multiplicando dia-a-dia
as grades da minha cela.
*Suzete Madeira*
*(moçambicana; poema inédito, Novembro-2006)
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