(Montagem de Elcalmeida)
A minha Árvore de Natal*
Frondente,
arrogante,
pançuda
e baluarte
copa larga,
disforme
seus frutos pendidos
quais bolas natalícias
assim é a minha árvore.
Todos os anos
frente um sol ardente
é minha testemunha
vê o meu presente.
Todos os anos
neste dia natalício
o ritual é o mesmo
abro o presente
um livro,
sempre um livro,
e nas estirpes notáveis
assento,
debulho-o
desfruo-o
calma e tranquilamente.
É a minha árvore de Natal
larga,
enorme,
disforme
me acolhe;
múcua são os frutos
quais ornatos natalícios
pendurados
invariavelmente acastanhados!
É a minha árvore de Natal
é o Imbondeiro!
*Lobitino Almeida N´gola*
*(Dezembro 2010)
2 comentários:
Que delícia de árvore natalícia.
Que delícia de poema.
Também quero uma árvore assim carregada de múcuas, sonhos cintilando na sua luz, à espera... De ser sempre Natal.
A minha alma ficou dependurada num imbondeiro qualquer. De vez em quando vou regatá-la. Estou quase lá, desta vez no tempo das múcuas feitas bolas natalícias...
Obrigada poeta, pelo momento bonito que vim encontrar aqui.
kandandu
Viva este Grande Poeta.
A minha árvore de Natal não existe.
Alguém conhece uma árvore chamada saudade?
Kdd
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