"Munyau Na Nyoka"
(Pastel, lápis-de-cor e caneta de feltro sobre papel, de Kivuthi Mbuno, 2006)
AQUÉM*
Podia entregar minha voz ao silêncio,
aconchegá-la no ralhar das calemas
calar…
escondê-la na renda fria dos cacimbos
cristalizar…
podia entregá-la à voracidade do tempo
petrificar…
podia prostituir meu corpo,
o templo castrado da Poesia
profanar…
podia… podia esquecer-me de ti… Poesia!
e desta mediocridade poética
que me transborda das vísceras
macilentas da alma…
sempre aquém das cantigas e kissanjes;
sempre aquém de tua voz quente de Povo;
sempre e sempre aquém do teu bafo
terra sangue sagrado que abraço!
AQUÉM*
Podia entregar minha voz ao silêncio,
aconchegá-la no ralhar das calemas
calar…
escondê-la na renda fria dos cacimbos
cristalizar…
podia entregá-la à voracidade do tempo
petrificar…
podia prostituir meu corpo,
o templo castrado da Poesia
profanar…
podia… podia esquecer-me de ti… Poesia!
e desta mediocridade poética
que me transborda das vísceras
macilentas da alma…
sempre aquém das cantigas e kissanjes;
sempre aquém de tua voz quente de Povo;
sempre e sempre aquém do teu bafo
terra sangue sagrado que abraço!
*Namibiano Ferreira*
*(poeta angolano, poema inédito; 14/07/2008)
3 comentários:
Claro que gostei, caro Eugenio, e da ilustracao tambem!
Abracos
graaaaaaaaaaaaaandas cenas!!!
adorei!!!!!!!!!!!!!!!!
WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
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