O que é este Blogue?

Quando se junta uma amálgama de palavras, um conto ou um poema podem sempre emergir. A sua divulgação fará que não morram esconsos numa escura e funda gaveta. Daí que às minhas palavras quero juntar as de outros que desejem participar. Os meus trabalhos estão publicados sob o pseudónimo: "Lobitino Almeida N'gola". Nas fotos e pinturas cliquem nos nomes e acedam às fontes.
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sexta-feira, abril 20, 2018

A Vida de um Homem (À memória do meu pai, em Angola)

“Árvore derrubada (ou quando árvore simboliza um País…)”

“foto (c(JFRodrigues


A Vida de um Homem*

(À memória do meu pai, em Angola)

Na infância disseram-lhe
que um homem só cumpre o destino
se plantar uma árvore,
fizer um filho
e escrever um livro.
Na infância plantou a árvore.
Quando já era adulto
fez os filhos
e foi construindo a casa.
Mais tarde,
quando o livro da vida
entrava no capítulo final
e a árvore estava alta, frondosa,
veio um vendaval,
derrubou a árvore
e destruiu-lhe a casa.

*José Filipe Rodrigues*
(Poeta e contista Angolano; MA, USA, Abril/2018)

terça-feira, fevereiro 07, 2017

Os Lugares Diferentes

(Sem título)
(© JFR, Fairhaven, MA)

Os Lugares Diferentes*


Juntos atravessámos o mar
para chegar
a um lugar estrangeiro.
Primeiro os lugares
são todos estrangeiros,
estranhos, diferentes,
até começarmos a dialogar
com as suas gentes.
Depois aprendemos um segredo:
nem toda a gente
sabe ultrapassar
o medo.
Há quem se aproveite dessa realidade
para sofismar o sinónimo de Liberdade,
os grandes vigaristas,
defensores de ideais paternalistas,
que pensam serem patrões
das mentalidades e das opiniões.

*José Filipe Rodrigues*
(Poeta e contista Angolano – Fairhaven, MA, USA, 2017)

segunda-feira, agosto 18, 2014

Nas pontes do meu Caminho

Braga Bridge, Fall River, MA
“foto ©Jose Filipe Rodrigues


Nas pontes do meu Caminho*

Quando algum ser cretino
se atravessa nas pontes do meu caminho,
impedindo-me de avançar,
não me deixo desanimar.

Eu chego sempre ao meu destino,
ao outro lado,
nem que seja a nado.

Os que me tentaram maltratar,
sem saber,
deram-me bóias para flutuar,
para poder
continuar
a sorrir neste meu viver.


*José Filipe Rodrigues*
(Poeta e contista Angolano – Fall River, MA, USA, 2014)