.
Momento*
Nos olhos dos fuzilados
dos sete corpos tombados
de borco, no chão, impuro,
eis!
… sete mães soluçando…
Nas faces dos fuzilados,
nas sete faces torcidas
do espanto ainda e receio,
… sete noivas implorando…
E do ventre de além-mundo,
sete crianças gritando
na boca dos fuzilados…
sete crianças gritando
ecos de dor e renúncia
pela vida que não veio…
Na boca dos fuzilados
vermelha de baba e sangue
… sete crianças gritando!...
Momento*
Nos olhos dos fuzilados
dos sete corpos tombados
de borco, no chão, impuro,
eis!
… sete mães soluçando…
Nas faces dos fuzilados,
nas sete faces torcidas
do espanto ainda e receio,
… sete noivas implorando…
E do ventre de além-mundo,
sete crianças gritando
na boca dos fuzilados…
sete crianças gritando
ecos de dor e renúncia
pela vida que não veio…
Na boca dos fuzilados
vermelha de baba e sangue
… sete crianças gritando!...
*Alda Lara*
*(poetisa angolana, poema inicialmente publicado no“ABC – Diário de Angola” e transcrito na “Antologia Poética Angolana I”, col. Imbondeiro, 1963)
*(poetisa angolana, poema inicialmente publicado no“ABC – Diário de Angola” e transcrito na “Antologia Poética Angolana I”, col. Imbondeiro, 1963)
1 comentário:
Muito obrigado por trazer a nossa lembranca um poema que ja nao lia faz tanto tempo, e' sempre bom recordar este belo poema da Menina de Benguela.
Kandandu
Namibiano Ferreira
Enviar um comentário