“Mdemba Fragmentos”
(Óleo sobre tela de Tozé)
Palavras como resgate*
Eis aberto meu baú
de manhãs de oiro
que ofereço como resgate
eis
transbordante
o cálice da cicuta
profecia desta água
que beberei de um só trago
para que ninguém mais
prove sua amargura
rompi da escuridão
com o segredo deste destino
para escrever no mundo
minha busca dos limites da saudade
(e como os pássaros de Octávio Paz
canto sem o saber
meu entendimento é a garganta).
(Óleo sobre tela de Tozé)
Palavras como resgate*
Eis aberto meu baú
de manhãs de oiro
que ofereço como resgate
eis
transbordante
o cálice da cicuta
profecia desta água
que beberei de um só trago
para que ninguém mais
prove sua amargura
rompi da escuridão
com o segredo deste destino
para escrever no mundo
minha busca dos limites da saudade
(e como os pássaros de Octávio Paz
canto sem o saber
meu entendimento é a garganta).
Luanda, Agosto de 2006
*Manuel Dionísio*
*(poeta luso-angolano; poema inédito a publicar no seu próximo livro “Palavras como resgate”)
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