Poesia virgem*
Que poesia espera
A virgem negra
Guardiã de Pandora
Para colocar na ara
Dos sacrifícios
Sua mística de inocência
Seu tesouro
Único e mudo?
Que silêncio é a arte
Profana do sacerdote
Tomando as primícias?
Que silêncio este que explode
Em cada corpo impoluto?
Que vãs palavras
Vãs no perímetro da minha voz
E teu sentir
Poderão seduzir
De ouvido
O que só a magia estática
Do indizível
Pode murmurar?
Luanda, 2006
*Manuel Dionísio*
*(poeta luso-angolano; poema inédito a publicar no seu próximo livro “Palavras como resgate”)
*Manuel Dionísio*
*(poeta luso-angolano; poema inédito a publicar no seu próximo livro “Palavras como resgate”)
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