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Prostituta: Estranha forma de vida*
Posto o sol da esperança
O medo acaricia-lhe os olhos
Ao espelho as meias pretas
Atenuam-lhe as nódoas roxas dos cifrões
Mulher sem ventre
Corpo a monte sem passaporte
Sabes do cio o inverno precoce
As grutas inundadas por mar alheio
Os adjectivos espancados
E os beijos sem seiva
No teu corpo
Há neblina perfumada de fantasia
O segredo e o ódio
Talvez vagas de esperança
Mas quando o teu corpo dá à costa
Já em terra o peixe é fresco
E o lugar comum de estar só está de volta.
Posto o sol da esperança
O medo acaricia-lhe os olhos
Ao espelho as meias pretas
Atenuam-lhe as nódoas roxas dos cifrões
Mulher sem ventre
Corpo a monte sem passaporte
Sabes do cio o inverno precoce
As grutas inundadas por mar alheio
Os adjectivos espancados
E os beijos sem seiva
No teu corpo
Há neblina perfumada de fantasia
O segredo e o ódio
Talvez vagas de esperança
Mas quando o teu corpo dá à costa
Já em terra o peixe é fresco
E o lugar comum de estar só está de volta.
*Paulo Sempre*
*(pseudónimo de Paulo Jorge Correia, poema retirado daqui, Agosto 2006)