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Cantos do meu País*
Canto as mãos que foram escravas
nas galés
corpos acorrentados a chicote
nas Américas
Canto cantos tristes
do meu País
cansado de esperar
a chuva que tarde a chegar
Canto a Pátria moribunda
que abandonou a luta
calou seus gritos
mas não domou suas esperanças
Canto as horas amargas
de silêncio profundo
cantos que vêm da raiz
de outro mundo
estes grilhões que ainda detêm
a marcha do meu País.
Canto as mãos que foram escravas
nas galés
corpos acorrentados a chicote
nas Américas
Canto cantos tristes
do meu País
cansado de esperar
a chuva que tarde a chegar
Canto a Pátria moribunda
que abandonou a luta
calou seus gritos
mas não domou suas esperanças
Canto as horas amargas
de silêncio profundo
cantos que vêm da raiz
de outro mundo
estes grilhões que ainda detêm
a marcha do meu País.
*Julião Soares Sousa*
*(poeta guineense; da obra “Um novo amanhecer”)
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