Que belo é o amor*
Que belo é saber amar
quando se ama a dois,
mas triste é acabar
e amargurar o depois.
Sem qualquer alarde
ele toca toda a gente,
é esse fogo que arde
e a dor que se sente.
Fecunda a nossa loucura
no horizonte de um beijo,
toda a gente o procura
como semente do desejo.
É a fonte de uma vida,
da morte e do além,
e na sua forte guarida
somos sempre alguém.
Vive em cada canto
e morre em cada flor,
sabe talvez ao pranto
de uma mãe com dor
Renasce em cada dia
no horizonte da verdade,
amamenta a poesia
e abençoa a saudade.
Que belo é saber amar
quando se ama a dois,
mas triste é acabar
e amargurar o depois.
Sem qualquer alarde
ele toca toda a gente,
é esse fogo que arde
e a dor que se sente.
Fecunda a nossa loucura
no horizonte de um beijo,
toda a gente o procura
como semente do desejo.
É a fonte de uma vida,
da morte e do além,
e na sua forte guarida
somos sempre alguém.
Vive em cada canto
e morre em cada flor,
sabe talvez ao pranto
de uma mãe com dor
Renasce em cada dia
no horizonte da verdade,
amamenta a poesia
e abençoa a saudade.
*Orlando Castro*
*(angolano-português; jornalista, ensaísta e poeta, ou seja, um homem da cultura)
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