(Óleo de Ruben Prieto, 2005)
Ser é escrever-me *
Quando, em noites de solidão,
peregrinamos
o prazer da criação,
eis que as palavras
voltam a ser nascente,
águas vivas
da memória que resiste.
As palavras necessárias
que, às vezes, ganham sentido,
quando, sem procurar porquê,
a poesia acontecer.
Retomo a velha pena
de escrever-me
que recatara,
no tombo dos feitos
nunca findos.
Lavo, de seu aparo dourado,
restos secos,
de tinta sofrida,
e logo volta a fluidez
navegante
dos poemas por fazer.
A proa da caneta
riscando fina
a breve rugosidade do papel,
os manuscritos que resguardo
nas gavetas vivas do passado,
e os livros, companheiros,
que, lendo e relendo,
vou recriando
em madrugadas de espera.
Ser é escrever-me *
Quando, em noites de solidão,
peregrinamos
o prazer da criação,
eis que as palavras
voltam a ser nascente,
águas vivas
da memória que resiste.
As palavras necessárias
que, às vezes, ganham sentido,
quando, sem procurar porquê,
a poesia acontecer.
Retomo a velha pena
de escrever-me
que recatara,
no tombo dos feitos
nunca findos.
Lavo, de seu aparo dourado,
restos secos,
de tinta sofrida,
e logo volta a fluidez
navegante
dos poemas por fazer.
A proa da caneta
riscando fina
a breve rugosidade do papel,
os manuscritos que resguardo
nas gavetas vivas do passado,
e os livros, companheiros,
que, lendo e relendo,
vou recriando
em madrugadas de espera.
*José Adelino Maltez*
*(Do livro de poesias Sphera, Spera, Sperança, Livro I "Das palavras imperfeitas")
*(Do livro de poesias Sphera, Spera, Sperança, Livro I "Das palavras imperfeitas")
Sem comentários:
Enviar um comentário